quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Licença Poética

Saudade tenho eu da idade ida

em cima à torre, a carpintar meu verso,

burilar a estrofe, ceder à medida,

domar a solfa em compasso reverso.

 
Hoje, em meio à exaustão da lida

procuro em mim o estro, tão disperso...

a verve seca, a emoção contida,

descontruidos num jogo perverso.

 
Quando no afã do achar-me fuja a rima

e me descubra a versejar sem metro

permita que este vate assim se exprima:

 
como da alma se extirpasse a estima

do rei, à força, se tomasse o cetro

ou da viola se roubasse a prima.

Um comentário:

  1. Ah! Que bom que ainda existam poetas e suas poesias..... Parabéns pelas lindas poesias, alimento para nossas almas. Parabéns por Barra Grande, dias felizes passei aí, ouvi boas histórias ou estórias do povo de Campinhos, das crianças de Sapinhos...........Amei tudo.....
    Abs

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