A mulinha vinha cêdo
carregada,
acordar
acordar
com seus latões de cobre
a tilintar
e a compor a sonata
do leite amanhecendo,
seus mal amanhecidos fregueses
A mulinha vinha...
notícia sonora do cêdo pasto
com seu leite morninho, terno
roubo do leite materno
talvez
de um bezerro manso e lerdo
A mulinha vinha...
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Hoje,
"Seu" Turíbio,
o proprietário,
comprou uma kombi.
Olá, Dagoberto!
ResponderExcluirBonito poema. Senti saudade das férias infantis passadas no interior de Pernambuco com uma tia.
Visualizei uma paisagem bucólica. Uma vereda de chão batido, vermelho pela mistura de terra e barro. A mulinha com passos lerdos carregando no lombo o leite contido nos latões de cobre bem lacrados para não serem derramados. Obrigada por me propiciar essa viagem.
Boa sorte!Fátima Calife-Sobrames-PE/SP