quinta-feira, 5 de agosto de 2010

SABIÁS E BEM-TE-VIS

Meu vizinho tem um jasmineiro desconcertante

sempre em flor

onde brincam os colibris

e meu olhar;

Nos seus galhos vagueiam

sabiás e bem-te-vis,

voados do lado de cá,

libertos,

desconhecendo os limites,

transpondo os muros,

burlando as normas,

nossas;


Invadem, atravessam, misturam

irreverentes,

cortando espaços,

recortando posses,

confundindo mundos,

resgatando uniões,

                               idealizadas,

                      universalmente planejadas,

diariamente negadas.


Os sábios sabiás,

os alertas bem-te-vis,

como será que dividem os seus mundos?

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