domingo, 20 de setembro de 2015

Poesia



A poesia é etérea como as borboletas ... nascem casulos ... vivem cores ....voam acasos  ... morrem bolhas de sabão ...

Poesia é sutil. Cuidado para não espanta-la!

A poesia  se esconde embaixo ou dentro ou fora ou entre ou dentre......
Ela nunca se esconde  onde a gente quer.

Se busco ela me escapa, se escapo ela me busca.

Quando leio uma poesia eu entendo mais o mundo, quando escrevo uma poesia o mundo menos me entende.

O que é fato:  a realidade ou a poesia atrás do fato?

Poesia é um jeito diferente d’a gente ver o igual.

A poesia é o absoluto acaso entre os planos da Percepção.....

A poesia é a música  que a vida tem. 

terça-feira, 30 de junho de 2015

Pureza

Não sei aonde e quando me encontro
com o olhar suplicante
da minha cadela sob a mesa.
Em que instancia dos instintos
nos identificamos.
Onde nos aproximam nossas fomes.
Me resta apenas uma certeza:
Ela sabe mais do que eu!

Reflexão

Mais inútil
do que sêlo de troca
em livro de Leminsky


Haikai mas não cai

Com quantos paus 
se faz uma
canastra?

Nova Reflexão

A poesia às vezes
pega a gente no descompasso:
o verso no reverso.
Porisso vive o poeta
em eterna sincronia 
com o Universo.

Umbigo

Ego sun existo


O sabor 

vai além 

do 

sal !
  O poeta

O poeta é reduzido
A quantos versos faz
Com rimas
A quantas pautas
A quantos climas
     românticos que extasiam
A quantas lágrimas, soluços, suspiros,
Que inspiram....
A quanto do que se espera
Traduziriam....

NÃO!

O verdadeiro poeta
Retira da vida
O que se perde

Por não percebido
Impressão umbilical

O que vi em ti
foi o que perdi
não o que achei.
O que vi em ti morava em mim
onde? não sei!
O que quero em ti
não sei o tamanho
só sei que pra mim
em ti nada é estranho.
O que sei de ti
a mim me pertence
mesmo que em ti
seja diferente.
Entre mim e ti
mora pouca distancia
porisso entre nós
não exista ânsia.
O que desejo em ti
já me satisfaz.
E encontro em ti

finalmente a paz
Saber... o que   ?

Não vou dizer o que não sei
Porque em mim não cabe.
A mim, a língua me limita
A minha língua me limita
Também não sei o que não sei!
Saber a mim, a mim não se limita
Limita-se a não sei  o que...
Saber, saber, saber...

A que, o que...???
Todo amor

Se não vens
Harmônica com meus ângulos
Consoante com meus acordes
Compassada com minhas idéias
Ritmada com meus nadas
E refratada com minhas paixões
Desista!
Não se aproxime!

Se não vens
Estreitada com minhas angústias
Segura das minhas incertezas
Tolerante com meus caprichos
Santificada com meus pecados
E aberta aos meus radicalismos....
Nem se aproxime!
Desista!

...Ou me seduza com sua ilógica

Sou todo amor!!
To be, or not to be!

Viver lá , Lacan
Ou viver cá, Can can
That’s 
 the question?
Quem vem lá?

Um nome
Substantivo
do caso nem sempre reto...
Será verbo ??
Talvez nem substantivo!
Um nome
Apenas um nome...

Quem vem lá?

Mentir é preciso


Preciso ser uma mentira
Quando falo
Quando ouço
Quando penso
Quando sorrio
Quando só rio
Quando rio

Preciso parecer mentira
Quando escrevo
Quando servo   
    da língua
Da ginga
Da catinga
   do meu lugar

Preciso me prender ao mundo
Onde vivo
Onde sirvo
Onde amargo
Meu amargo
E me perco
Na mentira
De existir
  Mentir é preciso